Governo de São Paulo recomenda lotação máxima de 70% em eventos
O número de pacientes infectados pelo novo coronavírus saltou de 1.712 no dia 29 de dezembro para 3.413 em 11 de janeiro
Pâmela Lima
Em 12/01/2022 14h58

Pandemia - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (12) que eventos esportivos, musicais e festas devem ter ocupação máxima de 70% e o público precisará apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19. O governo também prorrogou a obrigatoriedade do uso de máscaras até o dia 31 de março.
As medidas são uma resposta ao aumento do número de internações no estado. “O Governo do Estado reforça recomendações para evitar a disseminação do coronavírus. Após a constatação de uma alta elevação no número de casos do coronavírus em São Paulo e deliberação dos médicos que compõe o Comitê Científico do Estado de SP, o Governo decidiu recomendar que organizadores de eventos públicos, especialmente os musicais e esportivos, para que reforcem medidas preventivas para evitar a disseminação da Covid”, destacou Doria em coletiva realizada nesta tarde.
O número de pacientes infectados pelo novo coronavírus saltou de 1.712 no dia 29 de dezembro para 3.413 no dia 11 de janeiro. A ocupação dos leitos de UTI aumentou 58% no mesmo período, passando de 1.096 para 1.727 internados. Além de enfrentar a expansão da variante ômicron do novo coronavírus, o estado atravessa um surto de casos de gripe.
Diante desse cenário, o governo paulista ressaltou a imporância do uso de máscaras e outras medidas não farmacológicas. “Em relação a eventos, shows e atividades esportivas, nós vamos continuar com a recomendação das medidas não farmacológicas, de uso obrigatório de máscaras e álcool gel. Todos os eventos devem exigir o comprovante da vacina completa e, se possível, testes. E recomendamos para as prefeituras que reduzam as taxas de ocupação desses eventos”, destacou o coordenador do Centro de Contingência, João Gabbardo.
Ainda na coletiva, Doria anunciou a aquisição de 2 milhões de testes rápidos de antígenos para COVID-19 para ajudar a monitorar os casos de Covid-19 no estado. Eles serão distribuídos aos 645 municípios paulistas até fevereiro. “São Paulo liberou R$ 12 milhões para a aquisição de mais 2 milhões de testes rápidos que estarão disponíveis na rede até fevereiro. Os testes funcionam como uma bússola para diagnóstico rápido e ação efetiva para controle da doença”, comentou Doria. A Secretaria de Estado de Saúde gastou R$ 12 milhões na compra dos testes, que têm eficácia de 98% e o resultado demora apenas 15 minutos.